Que tragédia, quantas pessoas infectadas, quantas mortes, que terrível doença!
Durante a quarentena que vivemos, devido as “ordens” impostas pelo Covid-19, o que mais falamos, lemos e ouvimos são frases como as supracitadas, em todas as formas de comunicação, seja televisão, rádio, internet, jornais entre outras, o assunto é um só, o devastador Corona vírus, suas consequências atuais, e as que ainda estão por vir.
O mundo foi bombardeado em cheio por esse inimigo invisível a olhos nus, mundo esse que vivemos, tão acostumado a ver tantas mortes “comuns” por conta de guerras, corrupção, terrorismo, tráfico de drogas, assassinatos, fome e desnutrição, bem como uma série de outras doenças que matam milhares de humanos todos os anos ao redor do mundo.
Mesmo tão acostumados com tantas mortes, que acima nomeei de comuns, estamos tão apreensivos com esse Covid-19, pois é terrível assistir aos noticiários e ver milhares de pessoas se amontoando em busca de alimentos, de sobrevivência, cenas onde se empilham caixões, de pessoas que morreram longe daqueles que mais amam, sem poder dar o último adeus. Cada uma dessas caixas levam junto a um corpo uma história de vida, repleta de alegrias, de momentos inesquecíveis, de amor, sonhos, desejos, planos e famílias envolvidas, agora num final melancólico.
Um minúsculo vírus, mudou a vida de todas as pessoas da face da terra, que a partir dessa pandemia tiveram que mudar seus hábitos e suas vidas por motivo de força maior. Algo parecido, guardadas as devidas proporções, visto quando da chegada da chamada Era digital, a quarta grande revolução industrial, que eu considerava até o momento a transformação mais ampla, profunda e rápida de todos os tempos, com grande influência na mudança da forma como vivíamos outrora. O Covid-19 nos mostra que chegou sendo ainda mais impactante, atuando com amplitude, profundidade e rapidez inquestionáveis, e causando consequências desastrosas, transformando pessoas, cidades, países e o mundo, que nunca mais será o mesmo.
A imensurável dor, decorrente da perda da vida de tantos seres humanos, devastados independente de raça, sexo, religião, nacionalidade, condições sociais, tem nos alertado, gritando, implorando por uma pausa, por uma reflexão, por uma inspiração para que possamos vencer essa guerra, e aprender importantes lições para o resto da vida, fazendo um mundo melhor, uma vida melhor e mais justa para todos.
Mesmo em meio a esse cenário caótico, que nos foi apresentado totalmente a contra gosto, aprenderemos muitas lições, algumas bem doloridas, dentre tantas questões, entenderemos que realmente somos mortais, pode acreditar, existem algumas pessoas que ainda não haviam entendido isso, se achando superior ao bem e ao mal, pois vivemos num mundo cheio de contrastes, repleto de abismos entre os que tem muito e os que não tem nada, mas o Corona vírus não faz acepção de pessoas.
Enxergamos tantas coisas ruins acontecendo, além da terrível doença, da tenebrosa morte, vimos o egoísmo daqueles que limparam prateleiras sem pensar naqueles que só tem condições de comprar pequenas quantidades, presenciamos o aumento exacerbado do valor de itens necessários para o enfrentamento da crise de saúde, por aproveitadores disfarçados de empresários, avistamos tentativas de golpes usando a doença para coletar dados bancários, testemunhamos ainda no início da quarentena vários relatos de pessoas que por conta das escolas e empresas fechadas, lotaram as praias, sem entender a urgência do isolamento social, observamos tristemente milhares de pessoas que perderam sua fonte de renda, seja formal ou informal, entre outras das terríveis doenças do caráter humano.
A dor e o fracasso ensinam muito, e dentre tamanhas visões brutais, tivemos a oportunidade de assistirmos ao surgimento, ao reaparecimento de tantas coisas positivas, que em meio a tanta dor, vimos o amor. O amor é a vacina para esse e vários os outros males que assolam a humanidade, quantas atitudes e demonstração de preocupação com o próximo, seja pelo simples fato de entender que ao ficar em casa estamos salvando vidas, por recados em elevadores de jovens oferecendo ajuda aos mais velhos com suas compras, evitando que os mesmo saiam as ruas, isso só pode ser amor.
Contemplamos tantas outras demonstrações, para que entendêssemos que o amor ainda existe, que o respeito e a preocupação ao próximo não foram totalmente esquecidos, vislumbramos que a maioria das pessoas ainda estão no time do bem, músicos ou desafinados, unidos cantando lindas canções em sacadas e terraços, diversas doações em dinheiro, em alimentos, em produtos e equipamentos médicos, e doações ainda mais valiosas, de todos aqueles que na linha de frente da guerra, entregam suas vidas em prol de outras vidas, são merecidos os aplausos e a valorização desses verdadeiros heróis, e que essa valorização não pare por ai.
Cremos que vamos vencer essa dura batalha, confiamos e buscamos dias melhores, sabemos que não podemos desistir e que temos que tentar de novo, e quando do fim desse enorme desafio, talvez o maior na vida de muitas pessoas, não voltemos “ao normal”, e sim que possamos voltar com uma positiva anormalidade, transformando pensamentos, sentimentos e principalmente atitudes, valorizando o que o mundo tem de melhor, seus habitantes principais, os humanos.
Teremos novos dias, novos desafios, e com certeza novas atitudes, lembrando que o amor ao próximo, o respeito e a preocupação com o coletivo são as melhores vacinas para o bem da sociedade.
Ame a si mesmo, ame ao próximo e salve vidas!
Dimas Alcantara
Ame a si mesmo, ame ao próximo e salve vidas!
Viveremos novos dias, novos desafios, e com certeza novas atitudes, lembrando que o amor ao próximo, o respeito e a preocupação com o coletivo são as melhores vacinas para o bem da sociedade.
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